A música de Reginaldo Rossi entrou até onde os preconceitos musicais sempre reinaram! A música dos garçons e das levianas tocou com imponência nas noitadas dos barões, e também nos nichos de um estado que tem seus currais culturais, fechados e exclusivos.Reginaldo se sobrepôs à perseguição cultural porque menosprezou o preconceito.

Lembro com muita saudade daquele bailinho, onde a gente dançava bem agarradinho… A simplicidade é a própria excelência! Algo que Gonzaga fez com o forró, Jackson com o Côco, Martinho com o Samba, Capiba com o Frevo, Nelson com a seresta, Gardel com o tango, …

Reginaldo fez isso com a canção de amor popular, aquele das ruas e não das novelas cheias de gente malvada. A música de Reginaldo era do amor sofrido e real, como aquele que existe ao redor de toda mesa de bar, contado sob a influência da cachaça aos amigos próximos, e aos garçons.

Reginaldo foi um Rei escolhido pelo povo, democraticamente! E talvez de todos eles, tenha sido o mais popular, até o final de sua vida.

Reginaldo tinha todos os vícios que um homem pode ter. Era viciado em Pernambuco, sua família, em mulher, em música, em amizades, em sexo, em festa, em alegria.. Os outros vícios? Ah, eles não ficarão para a história, a não ser que apareça um copo de whisky ou um cigarro na mão do cantor, que faz parte da sua imagem natural.

É assim que o povo vai lembrar dele!! E pra todos nós, muitos Borogodás!

Fonte: Ronaldo César

 

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