Calcula-se que a eleição de 2014 movimente mais de R$ 10 bilhões, entre apoios financeiros oficializados, além da parte clandestina,chamada elegantemente de Caixa Dois. Até 2010, a maior parcela do dinheiro oferecido aos milhares de candidatos veio de empresas que,depois da eleição, esperavam obter favores dos candidatos escolhidos pelo povo.

A realidade clara é mesmo esta. Ninguém – praticamente ninguém – oferece recursos a algum candidato apenas para ajudar o Brasil, elegendo um bom político. O interesse é sempre baixo, imediatista, sangrando os cofres da Nação.

Mas qual a solução? Mesmo diante de manifestações de rua violentas e assustadoras, o Congresso Nacional não discutiu a questão. Preferiu aprovar uma “reforma” eleitoral discutível, a qual proibiu o chamado envelopamento (adesivação) de veículos, entre outras bobagens.E mesmo esta reforminha poderá cair, pois a Justiça Eleitoral não concorda com mudanças das leis eleitorais no prazo inferior a um ano. Se cair, a eleição será igualzinha à de 2010. Isto é: bagunçada.

Como o Congresso se omite, a Justiça toma decisões que, na prática, representam uma forma discutível de se legislar. Agora, nas eleições de 2014, as coisas não serão diferentes.

 

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