Para o PMDB, a presidente Dilma é injusta. “O PMDB que elegeu Dilma tinha prestígio, comandava a Saúde, a Integração e as Comunicações”, desabafa o presidente da Câmara, Henrique Alves. “O da reeleição tem visibilidade menor. Diante da força do partido, nossa participação é diminuta. Isso estimula a dissidência e gera uma tensão que nós temos de administrar”, acrescenta.

Um dos participantes da reunião do PMDB, ocorrida na última quarta-feira no Jaburu, Henrique Alves bate duro: “O PROS, com 18 parlamentares, tem Integração com Sudam, Sudene e Codevasf. O PP, com 45 parlamentares, tem Cidades e toca o Minha Casa Minha Vida, obras de mobilidade e saneamento. O PT, com 100 parlamentares, está na Educação e na Saúde. E o PMDB? Somos 97 parlamentares. Temos Turismo, sem Embratur. A Agricultura, sem Conab. A pasta foi mutilada com o programa de distribuição de implementos agrícolas sendo executado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário”. Mesmo expondo o desconforto e as razões do partido, reconhece: “A decisão é dela”.

Por Ilimar Franco (O Globo)

 

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