O Ministério da Defesa manterá aquarteladas, durante a Copa do Mundo de 2014, “reservas estratégicas” da Marinha, Exército e Aeronáutica para agir em caso de perda de controle na segurança, hipótese extrema em que assumirão o comando e substituirão as polícias estaduais, até na contenção de manifestações.

O aquartelamento faz parte da estratégia do governo para enfrentar protestos de massa ou ações criminosas, mas o uso dos militares será a última alternativa, prevista somente para o caso de fracasso das forças policiais. Também a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) terá um esquema especial: montará centros nas cidades-sede e terá um Centro de Integração de Serviços Estrangeiros, com agentes de outros países.

Reportagem publicada nesta quarta-feira, 22, pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a Defesa editou em dezembro do ano passado portaria que regula o uso das Forças Armadas nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem. Apesar de publicada no fim de 2013, o ministério nega que tenha relação com as manifestações de junho.

A regulação da ação das Forças Armadas no controle de distúrbios causou controvérsia nas redes sociais por incluir “movimentos ou organizações” na lista de “forças oponentes”, ao lado de “organizações criminosas, quadrilhas de traficantes de drogas, contrabandistas de armas e grupos armados”.

Teme-se que a descrição adotada sirva para enquadrar manifestantes como os que integram os movimentos contra a Copa, que prometem atos em estádios durante os jogos.

 

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