Após a saída da ministra Helena Chagas da Secretaria de Comunicação Social, o governo prepara uma “ofensiva publicitária” para tentar arrefecer o furor das manifestações populares contra a Copa do Mundo de 2014, informa a repórter Juliana Braga, do G1. A ideia do Planalto é isolar ou reduzir a importância “daqueles que são ideologicamente contra a Copa”, diz uma fonte do primeiro escalão do governo.
O Planalto reconhece que a medida está um tanto atrasada. A demora em “reagir” às críticas contra o mundial da Fifa, explicou o auxiliar da presidente Dilma, foi atribuída a Helena Chagas. Segundo a fonte, havia descontentamento de áreas da administração federal com a suposta “falta de iniciativa” na publicidade do governo para minimizar as ofensivas contra o evento esportivo.
Com a substituição de Helena por Thomas Traumann, o governo irá remodelar a estratégia de comunicação para tentar esclarecer à população que o montante investido em obras de mobilidade urbana e infraestrutura foi superior ao valor gasto com a construção dos estádios. O objetivo do Planalto é tentar demonstrar que sediar a Copa do Mundo “vale a pena”.
O PT, ao brigar para trazer o mundial para o Brasil, ainda na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esperava creditar a iniciativa como um trunfo político, além de recolocar o país em uma posição de destaque no cenário internacional.
Dentro do PT, ninguém imaginava que a Copa entrasse na coluna dos “problemas da gestão”. “Acabaram associando nossa imagem à CBF e à Fifa. Não estão destacando os empregos gerados, nem os investimentos feitos”, diz a fonte do governo.
O plano de contra-ataque está sendo elaborado e ainda precisa ser submetido à presidente Dilma Rousseff para ela dar a palavra final. Ainda não há previsão de quando a operação de publicidade será deflagrada. (G1/ Blog do Camarotti)
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