As desonerações do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) concedidas pelos estados devem chegar a R$ 66 bilhões, este ano. Deste total, 25% são destinados aos municípios, que perderão uma receita na ordem de R$ 15,9 bilhões. O levantamento é da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com base nas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs).

A CNM alerta também para uma prática incorreta dos estados. É dever destes entes publicar um anexo às LDOs com as estimativas de renúncia, por imposto, por um período de três anos, dever este previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas que muitos não o cumprem e outros subestimam os números.

Em média, a renúncia do ICMS corresponde a 16% da arrecadação do tributo prevista para 2014. Valor que deve ser de R$ 390 a R$ 400 bilhões. Apesar de os estados adotarem critérios diferentes para a renúncia, os números divulgados pela CNM mostram o tamanho da perda de receita a que os estados e municípios estão submetidos por causa da guerra fiscal.

Dívidas a serem pagas – Enquanto os estados renunciam o ICMS, sua maior arrecadação tributária, o Congresso Nacional discute a mudança dos índices de correção das dívidas de estados e municípios. Esses débitos surgiram após o ajuste fiscal, entre 1997 e 2001, quando o Governo Federal assumiu as dívidas para regularizar as contas de estados e aproximadamente 180 grandes e médios municípios. Mas, agora estes entes pagam os débitos com juros dá época em que firmaram os contratos, muito acima dos praticados hoje em dia.

 

Seja o primeiro a comentar


Poste seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *