A taxa de aprovação ao governo Dilma Rousseff caiu de 43% para 39% desde o início de dezembro, segundo pesquisa Ibope/Estadão feita entre os dias 13 e 17 deste mês. Após a onda de protestos de junho, o porcentual dos que consideram o governo ótimo ou bom caiu de 55% para 31% (julho), subiu para 38% (agosto), oscilou entre 37% e 39% (setembro a novembro), voltou a subir para 43% (dezembro) e agora baixou quatro pontos porcentuais. O governo tem taxas mais baixas de aprovação entre o eleitorado com menos de 24 anos (35%), escolaridade superior (26%) e renda superior a cinco salários mínimos (34%). Em termos regionais, sua pior avaliação se concentra no Sudeste (33% de ótimo e bom) e no Norte/Centro Oeste (32%).

A aprovação é maior nos segmentos com mais de 55 anos (45%), escolaridade até a quarta série (50%) e renda de até um salário mínimo (49%). No Nordeste, a taxa chega a 51%. O levantamento revelou ainda que 58% da população é a favor da realização da Copa do Mundo no Brasil. Outros 38% são contra. Para 43%, o evento trará mais benefícios que prejuízos para o País, e 40% acham o contrário.

O levantamento do Ibope foi feito em 141 municípios. Foram ouvidos 2.002 eleitores. Como a margem de erro é de dois pontos porcentuais, a aprovação ao governo pode estar entre 37% e 41%. No levantamento anterior, de dezembro, poderia se situar entre 41% e 45%. A chance de a taxa ter sido de 41% na pesquisa anterior e na atual, porém, é de apenas 0,12%, segundo cálculos do Estadão Dados – por isso, pode-se afirmar com segurança que houve queda na avaliação positiva.

A presidente Dilma Rousseff minimizou nesta sexta-feira, 21, a movimentação da base aliada coordenada pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para a criação de um bloco parlamentar cujo objetivo seria estabelecer na Casa um novo ‘centrão’ – grupo com maioria no Parlamento para controlar a pauta legislativa. Depois de um encontro privado de cerca de 40 minutos com o papa Francisco no Vaticano, a presidente se recusou a falar da articulação que ameaça isolar seu partido no Congresso. A iniciativa pode abrir espaço para a votação de projetos que contrariem os interesses do Palácio do Planalto, gerando novas despesas, por exemplo. ‘Acho que tem muito de especulação. E eu não vou, de fato, me manifestar sobre especulação. Vamos ver o que acontece de fato’, declarou a presidente. (De O Estado de S.Paulo – Wilson Tosta e Vera Rosa)

 

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