Via Blog Josias de Souza
O vice-presidente Michel Temer vive dias crivados de ironia. Numa justaposição de extremos, ele mal chegou de uma viagem familiar ao mundo de sonhos da Disneylândia e já tem de encarar os pesadelos de uma Brasília mais convulsionada do que aquela que deixara para trás ao voar para os EUA, antes do Carnaval.
Neste domingo (9), ainda com a imagem do castelo de Branca de Neve fresca na memória, Temer vai se encontrar com Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada. Antes, receberá no vizinho Palácio do Jaburu, sua residência oficial, três correligionários do PMDB: Henrique Eduardo Alves, Renan Calheiros e Valdir Raupp, presidentes da Câmara, do Senado e do partido.
O nó a ser desatado é o mesmo: ocupante de cinco ministérios, o PMDB quer porque quer obter de Dilma uma sexta pasta. Trabalha com três hipóteses: Ciência e Tecnologia, Portos ou Desenvolvimento. O diabo é que Dilma não quer entregar nenhuma das três. Já não queria. No Carnaval, ficou querendo menos ainda.
A presidente se irritou com o comportamento do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha. Em meio a uma troca de insultos com petistas, o deputado ensaiou a defesa do rompimento da aliança reeleitoral. É chantagem, disse Dilma em reunião com o alto comando de sua campanha, na Quarta-Feira de Cinzas.
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