Avanço em pesquisa pode levar à computação quântica

 

O periódico IEEE Transaction on Magnetics destacou na capa de dezembro de 2013 (Edição de nº 49, número 12), os avanços em pesquisas que podem contribuir para a computação quântica e a gravação magnética. A pesquisa é desenvolvida por uma colaboração entre grupos de pesquisas em magnetismo de quatro universidades brasileiras (UFPE, UFCG, UFF e UFERSA), e a Universidade de Aveiro, em Portugal. O trabalho também já foi destaque no portal da Sociedade Brasileira de Física (SBF).

Dos sete pesquisadores que integram o coletivo, dois deles estão lotados no Departamento de Ciências Exatas e Naturais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. São eles o professor Geovani Ferreira Barbosa e professor Lázaro Luís de Lima Sousa.

 

Embora ainda esteja em fase inicial, o estudo foi realizado em um magneto molecular cuja fórmula química é M[(H2O)2(HCOO)2] dopado com elemento metálico responsável pela contribuição magnética (M = Co, Cu). Este composto apresenta uma transição de fase magnética, quando submetido a baixíssimas temperaturas (5 K). Outras medidas magnéticas complementares também foram realizadas para caracterizar as propriedades magnéticas do composto como, por exemplo, a estrutura, a suscetibilidade, calor específico e magnetização da amostra.

 

O papel dos professores da Ufersa nesta pesquisa foi justamente o de caracterização magnética e estrutural do composto. O professor Geovani Barbosa explica que a contribuição magnética nestes materiais é devido aos elétrons desemparelhados presentes nos orbitais tipo d. “No caso dos magnetos moleculares dopadas com cobalto surgem transições quânticas com contribuições dos elétrons presentes nos órbitais s e p, daí surgiu a possibilidade desse material ser usado para a computação quântica”, detalha ele.

 

Mas, afinal, o que isso muda no que já temos para o armazenamento de informação? Atualmente, as informações são armazenadas/gravadas conforme o sistema binário – os Bits – em uma combinação de apenas dois estados: 0 (zero) ou 1 (um). A Informação Quântica permitirá uma combinação tridimensional entre os estados 0 (zero) e o 1 (um). Ou seja, não serão mais apenas dois estados, mas uma combinação linear de estados, o que aumenta o número de possibilidades para armazenar e processar informação, os chamados Qbits.

 

Já existem linhas de pesquisas abrindo caminhos para o desenvolvimento de um computador quântico que, em outras palavras, contribuem para a possibilidade de desenvolvimento de máquinas com a velocidade muito mais rápida do que já conseguimos atingir.

 

Fonte: Assessoria

 

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