Ampliação de projeto alcança escolas de Olho D’água dos Borges

Mais que uma alimentação saudável, a inclusão de pescado na alimentação de crianças no interior do Rio Grande do Norte está promovendo também geração de novos negócios e garantia de renda a dezenas de pescadores, especialmente no Alto Oeste Potiguar. Com a ampliação do Projeto de Inserção da Tilápia na merenda escolar de municípios da região, mais cidades estão aderindo a proposta do modelo, desenvolvido pelo Sebrae-RN. Nesta quarta-feira (7), tem início a capacitação das merendeiras da rede municipal de ensino de Olho D’água dos Borges. A consultoria em higienização e manipulação é a primeira etapa para implantação do programa.

A expectativa é de que o pescado seja inserido no cardápio da merenda escolar nos próximos meses. A tilápia será a base para o preparo de diversos pratos, desenvolvidos ao longo dos três dias de capacitação junto às merendeiras. “Este projeto tem dado muito certo, e os gestores estão descobrindo o quanto é importante, não só para os alunos, mas também para os criadores de tilápia, inserir o pescado na merenda escolar. Por isso a ampliação do projeto está acontecendo de forma tão positiva”, observa Renato Gouveia, gestor do Projeto de Piscicultura do Sebrae-RN.

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Ao todo serão capacitadas 30 merendeiras. Para desenvolver alimentos à base de tilápia, elas passarão por capacitação voltada para manipulação correta do produto. Desde a higienização até o processamento do filé do pescado. Farão parte do cardápio pratos como vatapá, panquecas, risoto, tapioca enriquecida com peixe e sopa.

O Projeto de Inserção da Tilápia na merenda escolar teve início em Apodi, em 2011, por meio do Setorial de Piscicultura do Sebrae-RN. O pescado utilizado na merenda escolar poderá ser fornecido, inicialmente, pela Associação de Aquicultores de Apodi (AQUAPO). Mas a ideia, ainda de acordo com Renato Gouveia, é, por meio de parceria com a prefeitura municipal, desenvolver a criação de tilápias em tanques redes junto a alguns produtores de Olho D’água dos Borges.

“Realizamos uma palestra para produtores locais e quatro estão interessados em criar tilápias. Estamos realizando um diagnóstico para saber as propriedades atendem aos critérios como qualidade da água, do solo, ou se necessitam de licença ambiental para construir o tanque rede para então, iniciarmos o trabalho junto a eles”, detalha.