O surgimento de nichos de mercado antes desconhecidos de apicultores do Rio Grande do Norte aponta novas oportunidades de negócios para a atividade apícola potiguar. A extração da apitoxina – veneno da abelha, uma das alternativas mais rentáveis do segmento e já consolidada na região do Mato Grande, é estimulada entre apicultores de Mossoró. A capacitação “Extração de Apitoxina”, promovida pelo Sebrae no Rio Grande do Norte beneficiará um total de 25 criadores de abelhas. O curso acontece entre os dias 11 e 13, durante todo o dia, no Assentamento Boa Fé.
O elevado potencial de mercado, com demandas principalmente no setor farmacêutico, faz da atividade uma atrativa fonte de renda entre os apicultores. O grama da apitoxina é comercializado a R$ 60, junto a laboratórios para a fabricação de cosméticos à base de melitina.
De acordo com o gestor de Apicultura do Sebrae-RN, Lecy Gadelha, a ideia é da capacitação é garantir novas possibilidades de negócios e inserir os apicultores mossoroenses no novo nicho de mercado. Além de não oferecer riscos às colmeias, a extração do componente pode ser feita independente os períodos de estiagem.
“Estamos buscando meios de diversificar a atividade e garantir renda ao apicultor, que, em tempos de estiagem, tem a atividade e rentabilidade prejudicadas. Isto não acontece com a extração da apitoxina, que não depende de chuva ou florada para acontecer”, explica.
Durante os três dias de curso, os participantes terão acesso a informações teóricas e aulas de campo. Além de municípios da Região do Mato Grande, onde, com o apoio do Sebrae-RN, 12 apicultores desenvolvem a atividade, o município de Caraúbas também conta com o trabalho, realizado junto a oito criadores de abelhas.
“Esta alternativa tem dado muito certo, e a ideia é apresentar esta possibilidade de mercado em todas as regiões do Estado que trabalham com apicultura. A diversificação da atividade é um negócio viável e tem mostrado excelentes resultados”, assegura.
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