O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, decidiu, no início da tarde desta terça-feira (17), deixar a relatoria dos processos de execução penal de todos os condenados no mensalão. No despacho em que formaliza a decisão, o ministro afirma que os processos devem ser encaminhados ao vice-presidente da Suprema Corte, Ricardo Lewandowski, para que seja providenciada a redistribuição. No despacho, Barbosa cita episódio ocorrido na semana passada, quando se envolveu em uma discussão com o advogado do ex-deputado federal e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genoino, um dos condenados do mensalão. Joaquim Barbosa tomou a decisão a 15 dias de se aposentar.

O ministro Luís Roberto Barroso é o novo relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi escolhido por sorteio depois que o presidente da Suprema Corta, ministro Joaquim Barbosa, decidiu se afastar da relatoria das execuções penais desse que ficou conhecido como o maior escândalo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A decisão de Barbosa de se afastar do processo foi tomada na manhã desta terça-feira (17). O ministro justificou o fato alegando que, como formalizou representação criminal contra o advogado Luiz Fernando Pacheco, que representa o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genoino, considerou que a “atitude juridicamente mais adequada neste momento” seria a de se retirar da relatoria.

Em seguida, coube ao vice-presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, fazer a redistribuição do processo. Barroso então foi sorteado e a ele designada a função de apreciar os pedidos dos advogados dos réus condenados no mensalão para que eles possam trabalhar na prisão.No caso de José Genoino, em específico, o pedido é para que o ex-deputado federal possa cumprir a pena em sua residência. (Valor/Estadão)

 

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