Em meio ao luto, o PSB e partidos que integram a coligação presidencial precisam reunir esforços para se reposicionar na disputa eleitoral. O primeiro passo, segundo dirigentes do PSB, será conversar com Marina Silva para ver se ela está de fato disposta a assumir a candidatura.

Se isso ocorrer, o próximo passo passará a ser a definição de um novo candidato a vice-presidente. E enquanto a cabeça da chapa tem um nome natural — a própria Marina —, o mesmo não acontece com a vice.

Como Marina é neófita no PSB — ela só se filiou ao partido no limite do prazo legal para poder concorrer, quando a criação da Rede naufragou — há o temor entre socialistas de que o partido seja usado apenas como uma “barriga de aluguel” para sua candidatura.

O grupo de Marina Silva afirma que ela apresentará condições para não assumir “às escuras” a candidatura do PSB. A negociação passará pela escolha de um vice “confiável” para seu núcleo político. “Precisamos de garantias de que os compromissos serão mantidos e precisamos saber quem o PSB vai oferecer para simbolizar esses compromissos”, diz um aliado que conversou com ela nos últimos dois dias. Os preferidos são Júlio Delgado, Maurício Rands e Beto Albuquerque. As informações são de Bernardo Mello Franco, na Folha de S.Paulo desta sexta-feira.

A cúpula do PSB pré-agendou a primeira reunião formal sobre a nova chapa para o dia seguinte ao sepultamento de Campos. A previsão é que o debate ocorra segunda-feira no Recife. Com isso, a mudança da chapa só será discutida oficialmente após a divulgação do novo Datafolha.

Alguns doadores de campanha já enviaram recados de que ajudariam Marina para assegurar que haverá segundo turno. Um amigo lembra que a ex-senadora também sofreu forte baque quando Chico Mendes morreu, em 1988, mas resistiu.

Fonte: Agências de Notícias

 

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