Ao chegar, a presidente Dilma Rousseff (PT) passou por um grande constrangimento quando a maioria dos populares entoaram uma sonora vaia. Eleitores supostamente do PT, quando ouviram a vaia, tentaram minimizar os efeitos da austeridade aplaudindo a presidente. Dilma chegou em companhia do ex-presidente Lula, e, além da vaia, ouviu o povo gritar: “Eduardo guerreiro do povo brasileiro”.
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), rival político de Campos, considerou justificadas as vaias a Dilma. Ele criticou a presença da presidente no velório. Quem revela é Letícia Lins, correpondente do jornal O Globo, no Recife, em reportagem dando conta da presença da presidente no funeral de Eduardo Campos.
– Foi falso porque (Dilma) não gostava mais de Eduardo. Se eu fosse ela, mandaria uma coroa de flores. Lula não, Lula gostava de Eduardo.
Pouco antes, — diz a reportagem — chegou Marina Silva. Ela entrou em uma sala reservada onde os bispos estavam se preparando para a missa. Ficou conversando alguns minutos e recebeu mensagens de força dos prelados. O gesto de Marina foi interpretado por alguns como uma primeira sinalização de abertura ao diálogo, já que a ex-senadora é evangélica. Parte do PSB teme que, com a substituição de Eduardo por Marina, a candidatura se torne menos aberta ao diálogo com alguns setores.
– Tá vendo? Depois dizem que ela é fundamentalista – comentou um aliado de Marina.
A presidente e outras autoridades, como o governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o ex-governador José Serra, participam da missa campal realizada pelo Arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, e outros 10 bispos. Lula está do lado de Renata Campos. Os dois conversam e se abraçaram várias vezes. Dilma está do outro lado do caixão, ao lado do ex-governado José Serra.
Fonte: Agência de Notícias
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