O desempenho da ex-senadora Marina Silva no primeiro debate presidencial na TV, realizado na noite desta terça-feira pela Band, impressionou a alguns interlocutores da presidente Dilma Rousseff.

Petistas comentavam, antes mesmo de terminada a transmissão, que Marina se saiu bem no embate com a presidente. Chamou a atenção o discurso da candidata do PSB de “unir o Brasil”, considerado forte pelos petistas.

Outro ponto da fala de Marina que chamou a atenção foi a menção, em mais de uma ocasião, às manifestações que ganharam as ruas em junho do ano passado. Logo na primeira oportunidade que teve de perguntar aos adversários, Marina escolheu Dilma e abordou os “pactos” lançados pela presidente na época.

As promessas feitas por Dilma no auge dos protestos sempre foram uma preocupação da campanha de Dilma. Desde a largada da disputa presidencial, o manqueteio João Santana orientou Dilma a se municiar de respostas sobre os resultados dos cinco pactos que anunciou.

A presidente, de acordo com interlocutores, seguiu à risca a orientação da equipe de comunicação da campanha e se saiu exatamente como esperado no debate.

Repetindo o bordão de que sua candidatura retrata a ”nova política” contra a polarização de petistas e tucanos no poder, Marina ainda tentou desarmar seus adversários elogiando as gestões dos ex-presidentes Lula – na área de inclusão social – e Fernando Henrique Cardoso – fiador da estabilidade econômica. ”Se olharmos para a história, as conquistas dos últimos vinte anos não vieram dessa ideia de gerente. O Lula não foi gerente, foi um homem de visão estratégica. O FHC não é um gerente, é um acadêmico com visão estratégica. Hoje o Brasil vai ser entregue em condições piores do que quando foi entregue à presidente, que se colocava como gerente.” (IG)

 

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