Em 12 dias, quase 18 milhões de brasileiros manifestaram intenção de votar em Marina Silva. Um verdadeiro vendaval de votos que deixou tucanos atônitos e agora começa a tirar o sono dos petistas. O empate de Marina Silva com a até aqui favorita na disputa, a presidente Dilma Rousseff, vai levar a ajustes nas campanhas de PT e PSDB. A pergunta é: quem vai bater em Marina e qual brecha há para isso?
Marina Silva segue seu roteiro com real perspectiva de vitória. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira, ela abre vantagem de dez por pontos sobre Dilma na simulação de segundo turno.
Essa velocidade do crescimento provoca no PSB duas reações antagônicas. Uma, positiva, que é a possibilidade de se pensar em vitória no primeiro turno. A segunda, que causa preocupação, é que o crescimento rápido faltando mais de 30 dias para a eleição pode provocar reações fortes dos adversários.
Segundo articuladores do PSB, em vez de usar números e propostas, Marina vai continuar falando ao sentimento dos eleitores. Para ela, o que está movendo sua campanha é a expectativa de mudar a política, mais do que propostas mirabolantes. É nesta tecla que ela vai continuar batendo. Sempre considerando que, daqui em diante, a perspectiva de governar o Brasil é real. Por isso, precisa olhar também para o dia de amanhã: a governabilidade.
De uma coisa os socialistas estão certos. Se vencer, Marina não vai buscar maioria na forma clássica, atraindo partidos para cargos no governo. Ela terá de fazer maiorias em torno dos projetos. ( Cristiana Lôbo – G1 )
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