Por Roberto Nascimento

 

O fiel da balança em todos os governos, o partido que realmente controla as estruturas do Estado, mesmo sem levar a cabeça da chapa, o inefável e sibilino PMDB periga vencer a disputa para os governos estaduais em oito arenas, notadamente no Nordeste. No triângulo das Bermudas, perderá em São Paulo e em Minas, mas, poderá vencer no Rio de Janeiro. Vencerá com folga no Ceará, no Paraná, no Espírito Santo e no Amazonas.

A vitória do PMDB em oito Estados significará que o Partido fará a maior bancada na Câmara e no Senado, logo com direito a indicar os presidentes das duas casas congressuais. O presidente eleito, seja quem for, ficará refém da legenda. No entanto, caso a vitória caia na cabeça do PSB, dentre os três candidatos ela é a que terá a minoria mais frágil. O PSDB e o PT elegerão menos deputados e senadores do que o PMDB, mas terão bancada expressivas.

Vislumbra-se então, a repetição da “base aliada”, conjunto de partidos que votam com o Palácio do Planalto em troca de Ministérios e presidências de empresas estatais, além de emendas do Orçamento para tocarem obras em seus currais eleitorais, segundo se depreende da análise das pesquisas da Folha de São Paulo.

FENÔMENOS

A cada eleição, um fenômeno acontece deixando a mocidade política louca e estressada. No passado foi o furação Collor e agora a tsunami verde Marina. O PSDB não crescerá, porém, manterá a mesma bancada, com um agravante em Minas, palco da maior derrota de Aécio Neves, que pode ficar em terceiro, atrás de Dilma e Marina. O candidato petista Fernando Pimentel já começa a preparar o terno da posse nas alterosas. Um braço do triângulo das bermudas ficará com o PT, o de São Paulo com o PSDB e o do Rio de Janeiro, parece que será abocanhado pelo candidato Pezão do PMDB.

Na Bahia o candidato Paulo Souto vencerá o candidato do governador petista Jaques Vagner, indicando que o governo petista ficou aquém das expectativas dos eleitores baianos, e em Pernambuco vencerá o candidato do partido do PSB na esteira da emoção pela perda de Eduardo Campos.

No Rio Grande do Sul, o governador petista Tarso Genro terá a maior derrota dentre todos os governadores do partido no poder. Com essas fissuras, o PT sairá das eleições como o maior perdedor do circuito Sul e Sudeste, transformando-se em legenda predominante apenas acima da linha do Equador.

Bem, essas conjecturas foram pintadas com base nas pesquisas, entretanto, o senhor de todas as batalhas sempre será o eleitor e é ele, sua excelência o fato, como diria o saudoso Ulysses Guimarães, que definirá os próximos gestores públicos a partir de 2015.

A sorte está lançada

 

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