Ação do Vivenciar e Construir Saberes fortalece espaço da feira
Fortalecer os espaços da agroecologia. Com essa proposta estudantes da Ufersa, integrantes do Programa de Extensão Vivenciar e Construir Saberes, exibiram no último sábado, 13, para os comerciantes e consumidores da Feira Agroecólogica de Mossoró, o documentário O veneno está na mesa II, do diretor Silvio Tendle. O filme abordar os perigos do uso do agrotóxicos, trazendo exemplos de várias partes do país, inclusive, do Vale do Açú. Além de mostrar experiências positivas relacionadas a produção orgânica.
A proposta, afirma o coordenador do programa de extensão, o professor Joaquim Pinheiro, é promover o debate com os agricultores feirantes sobre a importância da atividade deles. São experiências práticas que mostram que é possível avançar na produção de alimentos orgânicos, com respeito o meio ambiente, gerando renda e valorizando o trabalho dos agricultores. “Estamos utilizando o espaço da feira para uma reflexão sobre a necessidade de repensar a produção de alimentos”, reforça o professor Joaquim. O documentário apresenta alternativas de produção agroecológicas, num movimento mundial, nacional e local de se repensar a produção agrícola.
Para o professor Joaquim Pinheiro o modelo convencional de produção agrícola deixa os produtores dependentes das grandes empresas de fertilizantes e agrotóxicos. “Mossoró está dentro dessa agricultura quimificada”, alerta. “Os alimentos agroecológicos têm mais qualidade, são mais saudáveis e os agricultores detêm a autonomia de produção”, frisa Joaquim Pinheiro.
FEIRA – Funcionando na praça do Museu, próximo a Cobal, a Feira Agroecógica de Mossoró, existe há mais de 07 anos. Atualmente, conta com 15 agricultores feirantes, embora mais de 30 estejam capacitados para exercer a atividade. Os produtos são provinientes da agricultura familiar de assentamentos de Mossoró e municípios circunvizinhos. Irailson Moises é um dos sócios da Associação de Produtores e Produtoras da Feira Agroecológica de Mossoró – Aprofam. “Uma idéia excelente para nós produtores o trabalho realizado pelos estudantes da Universidade”, opinou o comerciante agricultor do Assentamento Jurema.
O grande diferencial da feira são os produtos comercializados que não recebem nenhum tipo de agrotóxico. A garantia é dada pela comerciante agricultora Ana Maria Silva Lima, do Assentamento Santa Elza, em Mossoró. Ela diz que todos os alimentos são cultivados com base na Produção Agroecológica Integrada e Sustentável – PAIS. “Um filme desse é muito bom para divulgar a importância dos alimentos orgânicos”, considerou.
Se a clientela ainda não é grande, quando comparada com a feira tradicional, os frequentadores são fiéis. “Tornou-se um hábito, um hábito saudável”, afirmou a servidora pública, Rosângela Barreto. Ele disse que há dois anos frequenta a Feira Agroecológica. “Muito interessante essa convivência dos estudantes da Ufersa e os produtores. Os alunos com a técnica aprendida na Universidade e os agricultores com a vivência do campo”, avaliou. Os comerciantes afirmam que quem frequenta a feira uma vez sempre retornam ficando clientes cativos.
Fonte: Assessoria
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