OAB constata situação desumana no Hospital da Mulher
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Mossoró, fez uma nova visita ao Hospital da Mulher Parteira Maria Correia e constaram o agravamento do problema que tem afetado a saúde pública do município. Os médicos ouvidos pelos advogados relataram todas as dificuldades que têm enfrentado e o temor de novas mortes provocadas pela falta de estrutura. A situação do hospital se agravou desde que a Casa de Saúde Dix-Sept Rosado deixou de atender pacientes pelo SUS e foi interditada por ordem judicial.
A última visita ao Hospital da Mulher havia sido realizada no dia 3 deste mês, quando os membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB/Mossoró também estiveram na Casa de Saúde Dix-Sept Rosado. A situação verificada, naquele primeiro momento, já foi considerada como extremamente preocupante. Na de ontem (23), os advogados encontram um cenário ainda pior, descrito como “desumano” por Catarina Vitorino, presidente em exercício da CDH da OAB/Mossoró. A comissão ficou espantada com a superlotação e a alta carga de estresse que afeta os servidores.
O temor da OAB é que a vida de parturientes e nacituros continue sendo colocada em risco por falta de condições mínimas de trabalho para os médicos, enfermeiros e outros servidores que atuam no Hospital da Mulher. A segunda visita da Ordem foi a pedido dos próprios médicos, que estão desesperados com a ineficiência das ações que têm sido desenvolvidas pelo poder público local. O presidente em exercício da OAB, Jonas Segundo, afirma que a instituição continuará acompanhando a situação, buscando soluções, e que poderá intervir caso o problema se arraste.
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