Por Carlos Chagas
Conhecida parte da delação dos ladrões da Petrobras, José Roberto Costa e Alberto Youssef, na tarde de quinta-feira, a pergunta que varre o país de Norte a Sul refere-se a quantos milhares ou até milhões de votos terá perdido a presidente Dilma Rousseff?
Quem quiser que faça as contas, mas se inusitados não acontecerem até o dia 26, Aécio Neves está eleito presidente da República. Não dá para livrar a cara de Dilma, bem como do Lula, muito menos do PT, diante do escândalo agora denunciado. O partido dos companheiros levava 3% de todos os contratos superfaturados das empreiteiras com a Petrobras. PP e PMDB também participavam da lambança. Será possível que a presidente e o ex-presidente nada soubessem, com tanta gente envolvida? Por onde andou a Abin, encarregada de informar a chefe do governo? E o ministro da Justiça? Precisou a Polícia Federal investigar.
Vem muito mais chumbo grosso por aí. Quando o Supremo Tribunal Federal começar o julgamento dos políticos envolvidos na tramoia, assistiremos deputados, senadores governadores e ministros serem transformados em réus. Os que tiverem sido reeleitos perderão os mandatos. Quanto aos empreiteiros, serão expostos, junto com outros diretores da Petrobras. Serão abertas as portas da caverna do Ali Babá.
É impossível que essa monumental roubalheira não se reflita nas eleições presidenciais. É claro que Dilma não participou da coleta, mas o que dizer de líderes e integrantes do PT, PMDB e PP? Tivessem as denúncias sido conhecidas antes do primeiro turno das eleições e muito provavelmente o segundo turno estaria acontecendo entre Marina Silva e Aécio Neves.
Em suma, fica a indagação: quantos milhares ou milhões de votos a presidente terá perdido?
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