Por Carlos Newton

Foi uma eleição sem empolgação nas ruas. Os poucos militantes que se viam nas grandes cidades eram todos profissionais e estavam sendo pagos para defender os dois candidatos, Dilma Rousseff e Aécio Neves, que não têm carisma para liderar coisa alguma, apenas preenchem espaços vazios, que poderiam ser ocupados por qualquer um.

Dilma Rousseff já é um nome na história, mas sem vida própria, apenas como mais um capítulo na impressionante trajetória de Lula. Todos hoje sabem por que ela chegou à Presidência. A estratégia de Lula era evitar que surgisse uma segunda liderança no PT, que no futuro pudesse ameaçar sua hegemonia no partido. Ele então escolheu a chefe da Casa Civil e lutou desabridamente para elegê-la em 2010 contra outro candidato também fraco e sem carisma, chamado José Serra.

DILMA FRACASSOU

Mesmo sob supervisão direta do ex-presidente Lula nos dois primeiros anos, o primeiro mandato de Dilma foi um fracasso total. Nunca antes na História deste país um governante pegou a economia crescendo 7,5% ao ano e quatro anos depois tinha reduzido esse crescimento a zero, literalmente.

Agora, o show já terminou e todos têm de retornar à realidade, como ensina Roberto Carlos, acrescentando que a eleição foi apenas um detalhe. O problema é continuar tocando um governo sem a menor credibilidade, envolvido num gigantesco escândalo que faz balançar os delicados pilares do Planalto/Alvorada.

MINISTRO SEM PASTA

Tornou-se um governo tão problemático que tem um ministro da Fazenda desmoralizado e demitido há meses , sem prestígio e sem autoridade, mas que continua sentado na cadeira como se o cargo ainda fosse seu. O mais ridículo é que insiste em dar declarações fazendo de conta que permanece no exercício do poder.

Todos os possíveis golpes contabilísticos já foram aplicados. O governo não tem mais como maquiar as contas da União. E não há programa de governo nem qualquer medida destinada a retomar o crescimento. Nesse marasmo, os gargalos às exportações se eternizam, elevando o chamado Custo Brasil, enquanto a dupla presidencial Lula Rousseff manda o BNDES financiar um moderníssimo porto em Cuba.

Para onde vamos? Ninguém sabe. O que se sabe é que temos de continuar esperando que surja um político de verdade, com carisma, determinação e espírito público, em condições de conduzir o Brasil a um futuro melhor. Por enquanto, não se vê ninguém. É um vazio de homens e idéias, como dizia o genial Oswaldo Aranha. Ah. Brasil!

 

 

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