Os articuladores políticos do governo Dilma estão prevendo grande instabilidade no Congresso na retomada dos trabalhos legislativos em 2015, avalia Ilimar Franco, na sua coluna do jornal O Globo. Prevê o colunista que a base aliada terá ampla maioria na Câmara e no Senado, mas isso não garante tranquilidade.
A expectativa é de que entre 70 a 80 parlamentares serão incriminados na Operação Lava-Jato pelas delações premiadas de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.
”As denúncias e os processos devem consumir tempo e energia na Câmara e no Senado. A inquietação de deputados e senadores é flagrante. Eles não sabem quem serão os acusados nem que tipo de prova Costa e Youssef estão oferecendo à Polícia Federal e à Justiça.”
O PT está inconformado com a nova realidade do governo Dilma. Os petistas resistem à escolha de Levy para a Fazenda e, talvez por isso, o anúncio tenha sido adiado. Essa não é a atitude do PMDB, do vice Michel Temer, que já sabe que perderá o Ministério de Minas e Energia. O cargo irá para um nome da presidente. O parceiro só espera ser compensado com uma pasta de igual porte, como Cidades. Esse ministério está com o PP, mas perdê-lo já está nas suas contas. Sua direção já comunicou à presidente que joga na posição em que for escalado. Ontem, mesmo com a Operação Lava-Jato, um aliado de Aécio Neves, o PTB, deu sinais de que passará com tudo para o governo.
Os petistas avaliam que vão perder o segundo maior orçamento da Esplanada, o da Educação. Na bolsa de apostas, o governador Cid Gomes é o nome mais forte. O PROS tem 11 deputados. A presidente Dilma fez 76% dos votos no Ceará.
Os petistas querem tirar Aldo Rebelo do Esportes e impedir que Juca Ferreira vá para a Cultura. Os nomes do PT para suceder a Aldo são os deputados Edinho Silva (SP) e Vicente Cândido (SP). Dizem que a pasta é demais para uma sigla com 10 deputados e um senador. Quanto a Juca, o acusam de ter feito uma campanha personalista.
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