Por Luis Juetê/Gazeta do Oeste
O isolamento político sofrido pelos vereadores de oposição na Câmara Municipal de Mossoró, Genivan Vale (PROS) e Tomaz Neto (PDT) está comprometendo o projeto eleitoral dos dois parlamentares.Neste momento, além de Vale e Tomaz, a oposição conta com os vereadores Alex Moacir (PMDB), Izabel Montenegro (PMDB), Lahyre Rosado (PSB), Vingt-Un (PSB) e Lucélio Guilherme (PTB), no entanto, é de conhecimento público que os vereadores Alex Moacir e Izabel Montenegro estão de malas prontas para ingressarem na base de sustentação política do governo no Poder Legislativo municipal.
Com a saída de Alex e Izabel, o bloco oposicionista estará limitando apenas a Genivan, Lahyre e Tomaz. De acordo com informações repassadas à editoria de política da GAZETA DO OESTE, Vingt-Un está conversando com o governismo e poderá reforçar a base aliada. Segundo fontes ligadas ao edil, o seu ingresso no governismo está condicionado estritamente ao desligamento do Partido Socialista Brasileiro.
“Ele (Vingt-Un) teme ser alvo de retaliações por parte do PSB, se não fosse isso, ele já estaria sendo anunciado como membro da base aliada”, disse uma fonte que atua fortemente no Palácio Rodolfo Fernandes. “Mesmo que não concretize o ingresso na base, Vingt-Um não pretende criar problemas para a administração municipal.Será independente”, acrescentou a fonte. Na mesma linha, comenta-se nos corredores da Câmara Municipal de Mossoró que o vereador Lucélio Guilherme está buscando uma aproximação política com o chefe do Poder Executivo, no sentido de fazer parte da base aliada.
Segundo comenta-se, Lucélio tem se sentido incomodado com as criticas questão feitas de que ele estaria sendo manobrado pelo vereador Tomaz Neto no plenário da Câmara Municipal.“Lucélio (Guilherme) é inexperiente e, de fato, ele estava sendo manobrado por Tomaz, tanto que o povo já estava o chamando de ‘boneco de Tomaz’. Ele é um rapaz jovem que ainda tem um caminho a ser percorrido politicamente e aqui na Câmara, nós estamos alertando constantemente dos riscos que pode enfrentar, ao colar em Tomaz. E, pelo que estamos percebendo, ele esta nos ouvindo, tanto que tem deixado Genivan e Tomaz falarem sozinhos. É o certo a se fazer”, frisou a fonte. Apontado no início da atual legislatura como provável líder da oposição no Poder Legislativo mossoroense, o atual presidente do diretório municipal do Partido Socialista Brasileiro, vereador Lahyre Rosado Neto, vem a cada dia diminuindo o seu poder de fogo como parlamentar oposicionista.
Após o resultado das eleições deste ano e o enfraquecimento do seu grupo político com a derrota das deputadas Larissa Rosado (estadual) e Sandra Rosado (federal), Lahyre Neto passou adotar discurso brando no plenário do Legislativo. Os próprios colegas de Câmara Municipal admitem que o socialista, depois do pleito de 5 de outubro, “está desmotivado”.
Diante da fragilidade política da oposição que, efetivamente está reduzida apenas á três vereadores, a situação de Tomaz e Genivan se compromete. O vereador Tomaz Neto, mesmo que permaneça como dirigente do PDT mossoroense, dificilmente conseguirá incluir a legenda brizolista em uma coligação que lhe ofereça condições de renovação do mandato.
Em relação a Genivan, a divisão começa “dentro de casa”, na medida em que seu colega de partido, o vereador Heró não só faz parte da base aliada como também, discorda da forma como Genivan faz política. Além disso, o vereador Heró mantém boa relação com o presidente regional do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), deputado Ricardo Motta que contou com seu apoio em Mossoró nas eleições gerais de 3 de outubro.
“A situação de Tomaz e Genivan é extremamente delicada até porque o que estamos observando é que nem mesmo os colegas eles conseguem agregar. Lucélio quer sair de perto de Tomaz e Genivan, assim como Izabel e Alex já o fizeram. Para as eleições de 2016, sofrendo de isolamento político e até mesmo partidário, pode-se antecipar a dificuldade que terão de participar de uma coligação e também de se reeleger”, lembra fonte.
Fonte: Assessoria
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