Por Carlos Newton

Reportagem de Deco Bancillon, no Correio Braziliense, tenta explica a alta dos juros básicos da economia, que elevam a dívida pública e dificultam ainda mais a busca de superavit fiscal primário para pagamento de juros pelo Tesouro Nacional. Ao mesmo tempo, o governo edita medida provisória autorizando a União a conceder crédito de até R$ 30 bilhões ao BNDES, através de emissão de títulos da dívida pública.

Pesou para a elevação dos juros uma inflação ainda bastante elevada, que está há cinco anos acima da meta de 4,5% ao ano. Até outubro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cravou alta de 6,59%, no acumulado em 12 meses. A explicação do Copom é de que o Banco Central estima que a inflação recuará para “trajetória de conversão à meta de 4,5% ao ano” apenas em meados de 2016, período considerado o horizonte de planejamento da política monetária.

TUDO COMO ANTES…

Traduzindo: nada de novo. Até agora o governo continua tentando derrubar a inflação via juros, que desestimulam a retomada da economia e o crescimento do PIB. E não existe nenhuma meta de corte de custeio (manutenção da máquina pública), que só tem aumentando na Era PT. Ao mesmo tempo, sinaliza aumento da dívida pública, que já está em 62% do PIB.

O que pensa disso tudo Joaquim Levy, o novo czar da economia? Será que foi ouvido ou se tornará um novo obediente Mantega. Ninguém sabe. E o ainda ministro Mantega, ao ser questionado sobre a contradição entre as palavras de Levy e a ação do governo, justificou o aporte de recursos ao BNDES dizendo que Levy ainda não tomou posse… Ah, Brasil!

 

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