Por : Isabella LacerdaO Tempo
Em encontro com parlamentares mineiros, em Belo Horizonte, o candidato à presidência da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) defendeu que não haja “intromissão” do governo federal e da presidente Dilma Rousseff na eleição da nova direção da Casa. Apesar de ser do PMDB, partido aliado do Planalto, Cunha não conta com o apoio da bancada do PT, que deve lançar Arlindo Chinaglia (SP). O PSDB ainda não definiu quem apoiar.
“Espero que ela (Dilma) reconheça que, caso haja disputa, essa é uma situação do Parlamento. Não é uma questão de governo, não tem que haver de ninguém uma intromissão”, declarou o peemedebistas antes do encontro que reuniu cerca de 20 deputados mineiros de partidos como PP, PR, PSDB, PSC, PTN, PT, e de toda a bancada federal do PMDB mineiro.
Durante o encontro, o candidato à presidência afirmou que considera “inevitável” a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) na nova Legislatura para investigar a corrupção na Petrobras. Apesar de admitir ter “abandonado” a atual CPMI, que segundo ele perdeu o sentido devido às delações premiadas prestadas por acusados à Justiça, após o teor dos depoimentos virem à tona é normal que o Congresso queira continuar investigando. “E a CPMI é automática e não depende do presidente da Câmara”, destacou Cunha, que negou ser um candidato de oposição ao atual governo. “Minha candidatura não é de oposição, tampouco é submissa. Queremos uma Câmara independente.”
VIAGENS PELO PAÍS
A agenda de Eduardo Cunha em Belo Horizonte foi a 25ª visita do peemedebista a capitais brasileiras desde quando teve oficialmente seu nome lançado pela bancada. Até o momento, ele conta com os apoios do Solidariedade e do PSC. Nos próximos dias, o DEM também deverá aderir.
Nesta sexta, antes do encontro com os deputados, Cunha esteve com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), com o governador Alberto Pinto Coelho (PP) e com o governador eleito, Fernando Pimentel (PT). O deputado, porém, tratou as agendas como “pessoais”.Dos colegas de Câmara, o peemedebista ouviu apoios e também ameaças ao governo federal. “Se o governo tiver juízo, ele vai apoiar o Eduardo. Ele saberá reconhecer que o PMDB é governo”, disse Saraiva Felipe.
 

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