Em disputa mais acirrada que já enfrentou, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi reeleito presidente do Senado. Numa disputa inédita contra outro colega de partido, o peemedebista obteve 49 votos votos contra Luiz Henrique, que conquistou 31 – ainda teve um voto nulo. Esta é a quarta vez que Renan se elege para o cargo, igualando o recorde do seu antecessor, o ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP).
A eleição, em votação secreta, foi a mais acirrada que enfrentou desde que, em 2007, reelegeu-se pela primeira vez com 51 votos contra 28 do senador potiguar do DEM Agripino Maia. Na sua eleição passada, em 2013, com 56 votos a favor contra 18 para o ex-senador Pedro Taques (PDT-MT).
Renan Calheiros foi forçado a mudar de estratégia de campanha depois que Luiz Henrique lançou-se na terça-feira candidato em caráter “irreversível”. A intenção dele era colocar seu nome apenas no domingo, horas antes da eleição. A bancada do PMDB reuniu-se na sexta-feira à tarde e, por 15 votos dos 19, indicou Renan.
O peemedebista não pretendia ficar na “vitrine” desde que o Estado revelou, no início de setembro, que ele foi um dos citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em sua delação premiada. Contou com o respaldo do Palácio do Planalto para essa operação, uma vez que foi um dos principais fiadores da presidente Dilma Rousseff no Congresso durante o primeiro mandato. Após o lançamento de Luiz Henrique, ministros começaram a trabalhar pela reeleição de Renan. (Agências)
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