BRASIL ENCERRA FEVEREIRO COM COLEÇÃO DE DADOS NEGATIVOS E MAIS ARROCHO

O país termina o mês de fevereiro com uma série de indicadores negativos que reforçam a ideia de que o país caminha para uma cenário de recessão e aumentam as incertezas e ceticismo sobre a economia brasileira e os efeitos do ajuste fiscal prometido pelo governo Dilma Rousseff.

Os primeiros resultados das contas públicas no ano apontam para uma paralisia da atividade econômica e mostram que o governo deverá ter dificuldades para entregar a meta de superávit primário – a economia para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda – definida para 2015, apesar da série de medidas impopulares já anunciadas. Entre essas medidas, estão aumento de impostos, reajuste dos combustíveis, alta extra na tarifa de energia e mudanças em benefícios sociais como seguro-desemprego, auxílio-doença, abono salarial e pensão por morte, sendo que estas últimas começam a valer a partir deste fim de semana.

Após divulgação dos primeiros resultados das contas públicas em 2015, apontando uma queda da arrecadação, o governo decidiu intensificar ainda mais o aperto fiscal, anunciando mais corte de gastos em despesas fixas e até mesmo em investimentos. O novo arrocho veio acompanhado ainda do anúncio de aumento de impostos de contribuição previdenciária de empresas que tinham recebido um alívio na folha de pagamento durante o primeiro mandado de Dilma.

A coleção de dados negativos inclui alta da inflação e do desemprego, fechamento de vagas no mercado de trabalho, disparada do dólar e queda da confiança dos consumidores para mínima recorde.

A piora do cenário é agravada ainda pela crise da Petrobras, cujo rebaixamento da nota de crédito da empresa alimenta temores de contaminação na avaliação de toda a dívida pública e perda do grau de investimento do Brasil pelas agências de classificação de risco.

Como se não bastasse a coleção de números ruins, o governo ainda foi surpreendido por umagreve de caminhoneiros, que também reflete na economia, por causa do desabastecimento em algumas regiões, da interrupção de algumas linhas de produção e aumento de custos de transporte.(Agências)

 

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