Livro aborda economia feminista com as experiências de mulheres rurais

O livro ‘Economia Feminista: mulheres rurais e políticas públicas’ tem lançamento nesta sexta, 06, às 19h, no Hotel Villa Oeste. O livro apresenta a experiência do Centro Feminista 08 de Março, na mobilização coletiva das mulheres rurais na região Oeste Potiguar. A professora da Ufersa, Ady Canário, é uma das organizadoras do livro. “o livro resgata as experiências de políticas públicas para mulheres trabalhadoras rurais, o que é muito importante na reafirmação de nossas bandeiras de lutas pela autonomia e no combate a toda a forma de opressão”, afirma a professora que é coordenadora da Caadis, Coordenação Geral de Ação Afirmativa, Diversidade e Inclusão Social da Ufersa. O lançamento, que contará também com uma mesa de debates com as organizadoras do livro: Ady Canário, Conceição Dantas e Mayara Lima, é aberto ao público.

Constituído em três blocos, o livro evidencia temas que estão relacionados ao desenvolvimento sustentável, a necessidade da igualdade na relação entre homens e mulheres, economia solidária e princípios da agroecologia. Outros temas também aparecem e deixam reflexões importantes durante a leitura. Os textos são embasados nos princípios do feminismo e da agroecologia, representam uma leitura para quem se preocupa em distinguir as relações sociais de gênero no meio rural e as formas pelas quais essa realidade pode ser alterada, a partir da autonomia econômica e social das mulheres rurais.

O território oeste potiguar é o palco das experiências, a atuação do CF8 com as mulheres rurais mostra que no espaço rural está se instituindo um processo de transformação social, no qual as mulheres começam a tomar as rédeas de suas próprias vidas, sendo efetivamente protagonistas de sua autonomia. Para Conceição Dantas, coordenadora do CF8 e também organizadora do livro, afirma que, que apesar de alguns avanços, as mulheres ainda vivenciam uma realidade de realidade de dominação. “As amarras de denominação estão sendo pouco a pouco, de passo em passo, enfraquecidas e um processo de auto-organização está se estabelecendo, no qual encontramos sementes da construção de outra realidade”. Para Conceição Dantas, a participação pública e a auto organização das mulheres possibilitam a construção de autonomias diversas para demandar políticas públicas. “O caminho é longo”, reconhece, “mas as oportunidades estão postas e deverão ser inteiramente aproveitadas”, afirma a coordenadora do CF8.

Fonte: Assessoria

 

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