Por Paulo de Tarso Lyra / Correio Braziliense
Hoje é considerado, tanto pela oposição quanto pelo governo, o dia mais importante desde 26 de outubro do ano passado, quando a presidente Dilma Rousseff foi reeleita para mais quatro anos de mandato com uma vantagem de pouco mais de 3 milhões de votos em relação ao candidato do PSDB ao Planalto, senador Aécio Neves (MG). Convocados pelas redes sociais, manifestantes contrários ao governo federal prometem lotar as ruas do país ao longo do dia.
O Planalto montou um esquema de vigília ministerial para acompanhar os protestos. A oposição quer enfraquecer o governo e parte dela apoia um início de processo de impeachment contra Dilma. O clima em relação ao governo é frágil, com a presidente enfrentando problemas na articulação política com o Congresso, dificuldades na economia, a insatisfação de parte do eleitorado e dos movimentos sociais, queixosos das medidas de ajuste fiscal implementadas pela equipe econômica nos primeiros 72 dias de governo e a escalada de denúncias de corrupção na Petrobras.
Neste domingo, 15 de março, completam-se 30 anos da posse do primeiro presidente civil após 21 anos de ditadura militar — José Sarney — e 25 anos do primeiro eleito após a era dos militares, Fernando Collor de Mello. Governo e oposição aguardam para saber o desfecho do 15 de março de 2015.
OPOSIÇÃO MOBILIZADA
Os atos convocados pelas redes sociais neste domingo para protestar contra o governo têm, em sua ampla maioria, o viés em prol da abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. É o que garante um dos organizadores dos protestos, o presidente nacional do Solidariedade e da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.“Tem muita gente querendo muita coisa. Mas o que une todos nós é a defesa do impeachment”, confirmou ele.
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