Por Luis Hipolito Blogger

Desde o primeiro governo Dilma, a economia está crescendo menos a cada ano e também a cada ano aumenta a arrecadação de impostos e o pagamento de juros (vide sites do Impostômetro e Jurômetro). O pior que vejo hoje não é a demolição da classe C – que certamente está em andamento com a estagflação que vivemos e trará graves consequências sociais – mas algo muito pior, que é a perda da dinâmica de crescimento da economia brasileira nos próximos anos.

Afinal, quem vai investir na produção se não houver perspectivas de retorno do investimento? É muito mais cômodo investir no mercado financeiro e viver de renda. Se não mudarem os patamares de juros altíssimos com os quais vivemos há décadas, principalmente a partir do advento do Real em 1994 e que estão entre os maiores juros do mundo, não haverá otimismo possível quanto ao futuro desse país.

FALTA DE PERSPECTIVA

É muito preocupante o estado da economia brasileira e a falta de perspectiva de crescimento nos próximos anos. Não se trata mais aqui do período que vai até 2018 e sim de como será o desempenho da economia e da geração de empregos até a próxima década. Já é certo que 2015 será um ano recessivo e qualquer recuperação em 2016 não vai compensar os empregos perdidos este ano.

Se não há no horizonte qualquer expectativa de redução da carga tributária sobre as empresas e os contribuintes em geral, nem redução dos juros no sistema financeiro, somando-se a tudo isso o que o Brasil paga de juros para rolar suas dívidas interna e externa, valores que são crescentes a cada ano, como então haverá investimentos necessários para gerar os milhões de empregos que o país precisa criar?

 

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