Em debate sobre Fies, Rogério diz que Dilma governa como Alice no País das Maravilhas
Os diversos problemas registrados neste início de 2015 em torno do Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil, foram o alvo da sessão geral no plenário da Câmara nesta quarta-feira (25). Como líder do PSDB na Comissão de Educação da Casa, o deputado federal Rogério Marinho disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) “administra o Brasil como se fosse Alice no País das Maravilhas”.
“O governo quebrou a sua palavra. Gerou uma expectativa que não cumpriu, a exemplo de tantas outras. Nós estamos vivendo um momento em que o governo se redesenha e volta atrás em uma série de afirmações que foram feitas e que se caracterizaram como um enorme estelionato eleitoral. Não foi diferente com o Fies”, disse Rogério em discurso durante o debate.
Ainda de acordo com o tucano, “o Fies é a ponta de um iceberg. É mais uma demonstração da forma como o governo vem administrando o país, como se fosse Alice no País das Maravilhas. E não é possível continuarmos a tratar uma coisa tão importante como a educação dessa forma”.
Em quatro anos, o governo federal aumentou o investimento no Fies de 1 para 14 bilhões de reais. Na opinião do parlamentar, “faltou planejamento, discernimento e maior controle. Mas o fato é que empresas privadas e estudantes por todo o país acreditaram no governo e quebraram a cara”.
Segundo o jornal Valor Econômico, o governo tenta diminuir em R$ 4,2 bilhões os custos do Fies. “Isso vai de encontro à palavra de ordem escolhida pela presidente de que o Brasil é uma pátria educadora”.
Rogério defende corte de ministérios
O deputado federal Rogério Marinho disse que a presidente Dilma Rousseff, no lugar de tentar cortar investimentos na educação, “precisa dar o exemplo”. “O governo tem um excesso de Ministérios, de cargos em comissão, há uma estrutura paquidérmica. O Estado está muito grande”.
De 2005 a 2013, período em que passou a ser realizada a Prova Brasil, instrumento de aferição de resultado do próprio Ministério da Educação, é possível verificar que o aumento da qualidade do ensino foi irrisório e, no caso do ensino médio, negativo. “Os indicadores de qualidade na educação brasileira deveriam ser vistos como a catástrofe nacional. Nós perdemos qualidade na última década”, completou Rogério.
Para o parlamentar, o governo precisa acabar com o corporativismo, com a ideologia na escola pública e com a formação equivocada dos professores a partir das Academias. Na opinião do tucano, as faculdades brasileiras destinadas a formação de professores são “completamente tomadas pela ideologia. Os cursos de formação, são, na verdade, um contrassenso lógico. O Brasil precisa de uma escola sem ideologia, que forme as pessoas e permita que os cidadãos possam ter a sua opção tanto ideológica, quanto de vida, sem que haja a indução ou assédio, sem que haja essa forma estatal de se oprimir as pessoas”.
Se compararmos o que acontece no Brasil com outros países do mundo no quesito educação, a situação fica ainda mais drástica. O Teste PISA de 2012 mostrou que em Matemática, Português e Ciências, entre 65 países, comparado com outras nações do planeta, os brasileiros estão em 58º, 59º e 55º lugar, respectivamente. “É isso que nós devemos atacar, e não deixar aqui esse discurso corporativista e atrasado, que não ajuda o Brasil a crescer e a se desenvolver”, finalizou o parlamentar.
Fonte: Assessoria
 

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