O ex-deputado Henrique Eduardo Alves, que frequentou durante muitos anos a lista dos parlamentares mais atuantes do Congresso Nacional, vive há quase duas semanas uma situação por demais constrangedora. E, por que não dizer, vexatória.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados teve seu nome “vazado” pelo próprio governo e por uma parte do PMDB como provável ministro, o próprio Henrique dizia aos mais próximos que era que estava tudo certo.Na sexta-feira dia 27, Henrique seria nomeado junto com os novos nomeados para as pastas da Comunicação e Educação. Sob um intenso fogo cruzado e toda imprensa nacional e local já tendo publicado Henrique como novo Ministro, o planalto resolveu recuar em relação ao Potiguar.
A confusão tem dois lados, de um, alguns dos principais veículos de comunicação do País queimam Henrique. De outro, uma negociação nos bastidores que se revela tão conturbada quanto a relação política e pessoal entre a presidente Dilma Rousseff e os presidentes das duas casas do Congresso, o senador Renan Calheiros e o deputado Eduardo Cunha.
Segundo comenta-se em Brasília, Dilma quer nomear Henrique na cota do PMDB, mas Renan Calheiros quer compensações, dentre as quais indicar ministros para os tribunais superiores.Eduardo Cunha, sucessor de Henrique na presidência da Câmara, tem se mantido permanentemente em rota de colisão com o governo.
Com a presidente enfraquecida politicamente e aliados que mais parecem adversários, Henrique apesar de toda sua historia e força política no RN, amarga o peso do ostracismo. Dorme ministro e acorda apenas ex-deputado. Muito pouco para quem frequentou a casa durante quatro décadas e meia. (Agências)
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