Por Igor Gielow – Folha de S.Paulo
Os protestos marcados contra Dilma Rousseff para este domingo (12) podem ser um marco na crise política de 2015.No governo, é dado como certo que o impacto será menor do que o dos grandes atos do dia 15 de março. A crise então parecia mais aguda, e houve o ensaio geral do panelaço contra o pronunciamento da presidente uma semana antes. Há muito de “spinning” palaciano neste cálculo, mas ele é compartilhado pelos organizadores dos atos e pela oposição.
Os primeiros já falam que o importante é a capilaridade, não a quantidade. Os últimos, bom, eles não sabem direito o que fazer.Caso seja um fracasso relativo, o dia 12 aliviará um Planalto que enfim fez algo nesta semana sobre seu nó central do começo deste ano, a negociação política em um ambiente econômico nefasto e volátil. Não que Dilma tenha muito a comemorar, já que na prática passou a faixa presidencial para Michel Temer lidar com o PMDB. Uma medida extrema que, se fracassar, afundará o governo –com ou sem ruas. Se os atos forem mais estrondosos do que todos esperam, contudo, aí vai ser um Deus nos acuda.
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