Por Jorge Béja
Sem medo de errar, reitero o artigo que subscrevi aqui na Tribuna da Internet, sob o título “Parecer de Reale será sólido e concluirá pelo impeachment, por uma ou mais razões”, publicado no dia 20 de abril passado. Muito mais agora, perto de um mês depois, quando tudo piorou e piora a cada dia. O parecer do ex-ministro da Justiça Miguel Reale Jr. será entregue quarta-feira ao presidente do PSDB, senador Aécio Neves.
Falta apenas a formalização, com o processamento e o veredicto final para o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República. Isto porque Dilma já sofreu o impeachment natural que o povo a ela impôs. Perdeu o poder e a legitimidade para seguir presidente, se é que algum dia teve.
Chega-se até ao extremo ponto de xingamentos contra a presidente da República, reação que jamais ocorreu na História do Brasil, do Império à República, dos militares à Collor. São empregados palavrões que fariam corar de vergonha a nossa saudosa Dercy Gonçalves. E os xingamentos não são recentes. Começaram na Copa do Mundo, quando Dilma foi ao estádio assistir a um dos jogos do Brasil. Isso não é impeachment imposto pelas multidões?
O segundo turno das eleições de 2014 ainda não terminou. Dilma se encontra no estágio probatório de dois anos, como acontece com todo agente e funcionário público, aprovado no concurso, nomeado e empossado.
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