HOMEM BOMBA – O engenheiro Ricardo Pessoa firmou um acordo de delação premiada para revelar o que sabe sobre o escândalo da Petrobras(Marcos Bezerra/Estadão Conteúdo)
Apontado como homem-bomba entre os empreiteiros investigados na Operação Lava Jato, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, vai prestar depoimentos na próxima semana em Brasília para detalhar o papel de políticos envolvidos no escândalo do petrolão.Ele assinou um acordo de delação premiada no último dia 13 e citou, entre outros parlamentares, o senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão como um dos beneficiários do esquema de fraude em contratos e distribuição de propina envolvendo a Petrobras. De acordo com a coluna Radar on-line, também foi citado o nome de Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz. O advogado teria recebido dinheiro para abrir caminhos no TCU nas obras de Angra 3.
Pessoa é apontado pelos investigadores como chefe do “clube do bilhão”, cartel de empreiteiras que combinava preços de licitação e desviava recursos para o pagamento de vantagens indevidas a ex-diretores e parlamentares. A proximidade do empreiteiro com o ex-presidente Lula provoca pânico no Palácio do Planalto, já que o empresário admitiu ter destinado recursos de propina para as três últimas campanhas eleitorais do PT à Presidência da República. Em 2006, por meio de caixa dois. Em 2010 e 2014, em doações registradas na Justiça Eleitoral.
Ele também pagou 3,1 milhões de reais a José Dirceu para obter favores do PT, além de ter financiado com caixa dois a campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012.
Um indivíduo provoca pesadelos no PT: Ricardo Pessoa, o dono da UTC Engenharia, apontado pelo Ministério Público como coordenador do suposto cartel de empreiteiras. Ele era também, até outro dia, amigão de Lula. Consta que os meses que passou na prisão abalaram suas certezas sobre essa amizade. E ele estaria disposto a falar. Vai depor na semana que vem, em Brasília, depois de ter feito um acordo de delação premiada, que, por alguma razão, demorou bastante a sair.
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