O senador tucano Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, criticou a ausência de Dilma na marcha dos prefeitos, nesta terça-feira, em Brasília.

“Temos hoje uma presidente da República sitiada. Uma presidente da República que não pode sair do Palácio do Governo a não ser com uma grande escolta. Uma presidente da República que, infelizmente, não pode olhar nos olhos dos brasileiros, e em especial dos prefeitos brasileiros, porque mentiu. Mentiu durante a campanha eleitoral. Apresentou um conjunto de propostas que sabia que não poderia cumprir”.

“Enquanto nós buscamos trazer o debate para o Brasil real, o Brasil que precisaria de ajustes, a presidente disse que o Brasil cresceria com taxas extraordinárias, que os juros cairiam, que a inflação estava sob controle, e que o emprego continuaria pleno. Infelizmente, o Brasil tem hoje a pior equação econômica da nossa região, da América Latina – será o país que ao lado da Venezuela menos vai crescer esse ano – e em grande parte pela irresponsabilidade do governo que, sabendo da necessidade de fazer ajustes nos últimos dois anos, pelo menos, não os fez. Por quê? Porque priorizou exclusivamente a eleição”.

“O governo iludiu os brasileiros, iludiu os municípios que hoje pagam a parte mais dura dessa conta, porque já pagaram no momento do estímulo ao crescimento da economia com as desonerações de impostos que são compartilhados e, agora, o governo, para corrigir os seus equívocos, busca aumentar tributos, penalizando de forma geral todos os brasileiros, em especial os trabalhadores, mas faz nos tributos de apropriação exclusiva da União, que são as contribuições”.

“Isso significa que, mais uma vez, os prefeitos estão pagando a conta. Só nesses primeiros quatro meses desse ano de 2015, foram, só na saúde e na educação, 1 bilhão de reais a menos em transferências para os municípios. E na área de políticas sociais, menos 500 milhões de reais. O que é mais triste é que isso vai continuar. E, lamentavelmente, prefeitos que adquiriram máquinas, prefeitos que iniciaram a construção de creches e de escolas, terão que interrompê-las, porque a União não terá mais condições de dar a sua contrapartida”.

Fonte: Blog do Jamildo

 

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