O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou a expectativa de encolhimento da economia do Brasil em 2015. Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (9), a previsão passou para contração de 1,5%, uma piora em relação à estimativa anterior, de redução de 1%.

Para 2016, a expectativa ainda é de crescimento, porém a previsão de expansão diminuiu de 1% para 0,7%.O Fundo vem reduzindo as expectativas para o crescimento da economia brasileira para 2015 consecutivamente. No relatório de janeiro, a previsão era de crescimento de 0,3% para 2015 e de 1,5% para 2016. Em outubro de 2014, a previsão para 2015 era de crescimento de 1,4%. Em julho de 2014, de crescimento de 2%. Em abril de 2014, de 2,7%.

A previsão de expansão da economia mundial também diminuiu. O FMI prevê crescimento de 3,3% em 2015, uma queda em relação à previsão de 3,5% do relatório de abril.Segundo o FMI, o crescimento da economia dos países emergentes e em desenvolvimento deve desacelerar em 2015, passando de expansão de 4,6% em 2014 para 4,2% em 2015. O fundo justifica a previsão apontando que os países desse grupo devem sofrer o impacto da queda dos preços das commodities, especialmente os exportadores do petróleo – caso do Brasil.No mesmo grupo de países, outra previsão de queda do PIB em 2015 do FMI é a da Rússia. O fundo estima contração de 3,4% da economia russa – número que representa melhora em relação à previsão anterior, de recuo de 3,8%.Já as previsões para a China e para a Índia se mantiveram estáveis. O FMI prevê que esses países cresçam 6,8% e 7,5%, respectivamente.

Para as economias avançadas, a previsão é de aquecimento em 2015. O FMI estima que o crescimento de países desse grupo passe de 1,8% em 2014 para 2,1% em 2015. A previsão representa uma piora em relação à estimativa anterior, de 2,4% de expansão. Para os Estados Unidos, a projeção de crescimento para 2015 ficou menor, passando de 3,1% para 2,5%.A estimativa de crescimento para a zona do euro se manteve estável. O FMI prevê que o grupo tenha expansão econômica de 1,5% em 2015, com crescimento de 1,7% da Alemanha, 1,5% da França, 1,2% da Itália e de 2,5% da Espanha.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (9), na cidade russa de Ufa, que a crise financeira internacional persiste afetando países ricos e os em desenvolvimento e que, na visão dela, os Brics (grupo de países que reúne Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul), continuarão a impulsionar o desenvolvimento global. Ela ainda pediu mais espaço para os países do grupo em organismos de governança mundial, como o Fundo Monetário Internacional e o Conselho de Segurança da ONU.

(G1)

 

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