Agosto começa sob alta tensão na Câmara: votações polêmicas e Cunha sob pressão

Na volta do recesso parlamentar, na próxima terça-feira (4), os deputados vão se deparar com novos e velhos fantasmas, com uma pauta repleta de itens polêmicos. Além da elevação da temperatura política com os desdobramentos da Operação Lava Jato, os parlamentares terão de lidar com assuntos que dividiram a Casa no primeiro semestre, como a reforma política e a redução da maioridade penal, e outras votações não menos polêmicas, como o projeto que corrige o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pela poupança e a análise da prestações de contas de três ex-presidentes. O governo teme pelo futuro do ajuste fiscal caso a proposta que aumenta a correção do FGTS seja aprovada, devido ao impacto da mudança sobre as contas públicas.

As sessões ordinárias do plenário têm a pauta trancada por dois projetos de lei do Executivo sobre combate ao terrorismo e seu financiamento. Nas sessões extraordinárias, os parlamentares tentarão concluir a votação, em segundo turno, da reforma política e da redução da maioridade penal para determinados crimes.

A semana também representará um teste de força para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvejado às vésperas do recesso pela denúncia do lobista Júlio Camargo, um dos delatores da Lava Jato, de que pediu propina de US$ 5 milhões em troca de contrato na Petrobras. O deputado Ivan Valente (Psol-SP), vai propor a convocação e a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático de Cunha na CPI da Petrobras. (Agências de Notícias)

 

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