A decisão de Michel Temer sobre antecipar ou não o congresso do PMDB que discutirá a saída do governo Dilma Rousseff, marcado para novembro, é vista como a chave para indicar se o vice-presidente passará a “conspirar” pelo impeachment, avaliam caciques do partido. Por ora, Temer admite apenas se afastar da articulação política, sem romper com a presidente. Mas se ele precipitar a consulta ao partido, dizem aliados, dará a senha para o avanço do processo de impedimento.

Um correligionário aposta que a esperada saída de Temer da costura política aumenta o risco de Dilma não se sustentar no cargo.“Depois vão dizer, como sempre, que a culpa é do mordomo”, brinca o peemedebista, resgatando apelido que Antonio Carlos Magalhães pespegou em Temer nos anos 1990: mordomo de filme de terror.

Num instante em que o vice-presidente Michel Temer dá por encerrada sua missão como articulador político do governo, o PMDB marcou para 15 de novembro o congresso partidário no qual se distanciará da aliança política com o PT. A data está impregnada de simbolismos. Festeja-se nesse dia a proclamação da República, que derrubou em 1889 o imperador Pedro II. Foi também num 15 de novembro que Joaquim Barbosa, ainda na pele de relator do mensalão, mandou para a cadeia em 2013 os condenados do mensalão.

( Agências de Norícias )

 

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