A presidente Dilma Rousseff desistiu de propor ao Congresso a recriação da CPMF, pelo menos por enquanto. Após reunir-se com ministros neste sábado, a presidente avaliou que é melhor olhar a questão do financiamento da saúde com calma e promover um debate com toda a sociedade — nos mesmos moldes como será feito com a previdência social.
Os ministros da Junta Orçamentária de 2016, composta pelos ministérios do Planejamento, da Fazenda e Casa Civil, ficarão debruçados neste fim de semana sobre a proposta de orçamento para o ano que vem que precisa ser entregue ao Congresso na segunda-feira. Uma nova reunião está marcada para este domingo. A nova CPMF poderia arrecadar até R$ 80 bilhões, segundo estimativas do governo. A decisão de não recriar o imposto, no entanto, foi tomada após a reação negativa do Congresso e do empresariado.
— A presidente avalia que esse deve ser um debate de médio e longo prazo. Não está mais em discussão o encaminhamento disso (CPMF) neste momento. O governo decidiu que vai encaminhar uma proposta para o financiamento da saúde com mais calma — afirmou um integrante da equipe econômica.
Porém, o governo não desistiu da CPMF por inteiro. A proposta é levar o tema à população para que ela possa opinar. O vice-presidente Michel Temer e o empresariado se posicionaram contra a criação do novo imposto. Depois desse recuo, ficou apenas mais um desgaste desnecessário do governo que poderia, muito bem, ter sido evitado. (Agências de Notícias)
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