Inflação maior e uma queda mais acentuada do Produto Interno Bruto (PIB), tanto em 2015 como em 2016. É o que esperam analistas ouvidos pelo Banco Central (BC) para o último boletim Focus, divulgado nesta terça-feira.

Para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a previsão para 2015 subiu de 9,28% para 9,29%. Se confirmada, será o maior índice desde 2003, quando somou 9,30%. Para 2016, os economistas aumentaram a expectativa de 5,51% para 5,58% na última semana. Com isso, o resultado esperado se distancia cada vez mais do centro da meta do governo, de 4,50%.

PIB negativo – Para o PIB, em 2015 o mercado revisou sua estimativa de recuo de 2,26% para retração de 2,44%. Se for confirmado, será o pior resultado desde 1990, quando houve queda de 4,35%. Para o ano que vem, os economistas também pioraram a expectativa, de retração de 0,40% para baixa de 0,50%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira teve retração 1,9% no segundo trimestre de 2015, em relação aos três meses anteriores. Com isso, o país entrou na chamada “recessão técnica”, que ocorre quando a economia tem dois trimestres seguidos de queda. De janeiro a março deste ano, o PIB teve baixa de 0,7%, segundo dado revisado.

Dólar e juros – Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2015 avançou de 3,50 reais para 3,60 reais por dólar. Para o fim de 2016, a previsão dos analistas subiu de 3,60 reais para 3,70 reais por dólar. Para a taxa básica de juros (Selic), o mercado manteve a estimativa de estabilidade em 2015, em 14,25%. Para o fim de 2016, a estimativa ficou estável em 12% ao ano. (Veja/Da redação)

 

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