O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (19) que não renunciará. “Esqueçam, não vou renunciar”, declarou. Na última sexta-feira, documentos do Ministério Público da Suíça revelados pela TV Globo mostraram que Cunha é dono de contas na Suíça. Em março, em depoimento à CPI da Petrobras, ele afirmou que não tem contas no exterior. Cunha é alvo de uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos partidos PSOL e Rede, que tentam cassar o mandato de deputado do presidente da Casa.”Aqueles que desejam a minha saída, têm de esperar o fim do mandato para escolher outro”, disse Eduardo Cunha na entrevista.
Ele afirmou que se sente em condições de continuar na presidência da Câmara. “Tenho legitimidade para executar todos os atos da função [para] que fui eleito”, declarou.Perguntado sobre entrevista da presidente Dilma Rousseff na Suécia no fim de semana, na qual, ao comentar as provas da existência de contas de Cunha na Suíça, Dilma disse lamentar “que seja um brasileiro”. “E eu lamento que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo”, declarou Cunha na entrevista.
Indagado sobre a preocupação do governo com a demora para votações na Casa, Cunha disse que, antes, é preciso que a base governista se recomponha. “O governo precisa primeiro repercutir a sua base. As matérias do governo têm sempre preferência regimental, porque trancam a pauta. Então o governo tem que recompor a sua base”, disse.
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