Para o deputado Eduardo Cunha, a única alternativa hoje é buscar pelo menos uma saída honrosa – ou até gloriosa. Ele precisa aceitar logo o novo pedido de impeachment a ser apresentado nesta terça-feira pelo jurista Helio Bicudo e conduzir pessoalmente o trâmite do afastamento de Dilma. E depois, quando for incriminado pelo Supremo, deve se oferecer para delação premiada e contar tudo o que sabe sobre os grandes negócios que são feitos nos bastidores da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes.
Se agir assim, com um mínimo de dignidade, no apagar das luzes de sua carreira, Cunha vai ser julgado e cumprir pena, mas depois poderá andar sempre de cabeça erguida, por ter cumprido seu dever, como ocorreu com Roberto Jefferson, que hoje entra em qualquer restaurante e não é insultado nem vaiado. Pelo contrário, é sempre festejado.
O país inteiro ficaria devendo a Cunha por este gesto nobre, que significará o sepultamento político de Lula, Dilma e de grande parte dos 300 picaretas que infestam a política nacional e se vendem por 30 dinheiros. ( Carlos Newton )
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