Irritadíssimo, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) telefonou para Jaques Wagner. Reclamou da fala de Dilma a seu respeito. Nem mesmo a cúpula do governo aprovou a declaração da presidente contra o peemedebista. Nas avaliações internas, Cunha pode permanecer por um bom tempo à frente da Câmara –e com a caneta do impeachment em punho. O PMDB decidiu cancelar seu congresso marcado para novembro devido às incertezas quanto ao cenário do impeachment.
No lugar do evento que sinalizaria o rompimento da sigla com o governo Dilma, a legenda realizará apenas um encontro nacional da Fundação Ulysses Guimarães, entre os dias 17 e 18, para deliberar exclusivamente sobre o seu programa partidário.A solenidade ficará restrita a dirigentes da sigla e da fundação. Não contará, portanto, com a presença de militantes, o que estava inicialmente previsto pelos organizadores.
A realização do congresso nos moldes originais era vista como um péssimo sinal pelo mercado financeiro. Em um relatório obtido pela coluna, uma agência internacional de classificação de risco considerava que o rompimento era uma das variáveis para o rebaixamento da nota de crédito do Brasil. (Folha de S.Paulo – Natuza Nery – Coluna Painel)
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