Dos 619 prefeitos que o Partidos dos Trabalhadores elegeu em 2012, 69 já deixaram a sigla até este mês, segundo registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que representa perda de 11% em três anos. Segundo manchete de capa do jornal Folha de S.Paulo deste domingo (25), os números são resultado da crise econômica, do desgaste vivido pela presidenta Dilma Rousseff e das investigações da Operação Lava Jato, entre outros fatores, no que configura a mais difícil situação de toda a história da legenda, fundada em 1980.
A mais intensa movimentação de desfiliações acontece em São Paulo, informa o jornal paulista. Lá, o PT já perdeu 20 dos 73 prefeitos eleitos em 2012. Mas foi no Nordeste que aconteceu o mais emblemático desembarque: o partido perdeu o único prefeito de capital que tinha na região – Luciano Cartaxo, de João Pessoa.
Nesta semana, a própria Folha noticiou que o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, segundo fontes próximas ao petista, ensaia um namoro com o Rede Sustentabilidade, partido idealizado pela ex-ministra Marina Silva e recentemente formalizado na Justiça Eleitoral. Mas, em sabatina neste sábado (24) na Rádio CBN, Haddad negou qualquer articulação nesse sentido e garantiu que não deixará o PT.
O jornal lembra que, em agosto, quando 14 prefeitos anunciaram a saída da legenda, o prefeito do PT paulista, Emídio de Souza, minimizou a questão e disse que o número de desfiliações era pouco representativo em relação à quantidade de prefeituras comandadas pelo partido. Na ocasião, ele creditou o movimento ao assédio de legendas como PSB e PSD. A reportagem mostrou a lista atualizada à direção do PT-SP, que não comentou o conteúdo até o fechamento da matéria. (Congresso em Foco)
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