As quedas constantes de receitas, inclusive as oriundas dos royalties de petróleo, levaram gestores de nove municípios potiguares a se reunirem nesta quinta-feira, 29, em Mossoró, para debaterem os reflexos da crise econômica pela qual as cidades estão passando. No encontro, os prefeitos apresentaram uma previsão nada animadora: as principais receitas municipais devem sofrer nova queda em novembro, tornando a situação financeira ainda mais complicada.

Participaram da reunião, o prefeito de Mossoró e presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN), Francisco José Júnior, e gestores das cidades de Pendências, Caraúbas, Porto do Mangue, Areia Branca, Felipe Guerra, Tibau, Assu, Macau e Upanema, que demonstraram forte preocupação com uma das principais fontes de receitas desses municípios.

Somente a cidade de Macau, por exemplo, perdeu, até o mês de setembro, R$ 8,5 milhões em royalties. Em Assú, segundo o prefeito Ivan Júnior, outubro chega ao fim registrando a maior perda anual nesse tipo de arrecadação. Em Mossoró, a perda mensal ultrapassa os R$1,6 milhão, com projeção de encerrar 2015 com uma frustração de 46,2% em relação ao ano anterior, ou seja, aproximadamente R$ 20 milhões a menos do que o arrecadado em 2014.

“Os municípios estão atualmente inadministráveis, essa é a realidade. Mês a mês as receitas estão caindo, não somente dos royalties, mas também de outras fontes, como o FPM, ICMS. Estamos sem capacidade de investimento, por isso a importância dessa reunião, com a presença de vários gestores, para que possamos compartilhar as dificuldades enfrentadas, que na verdade são dificuldades em comum”, conta o prefeito de Pendências, Ivan Padilha.

Para o prefeito de Mossoró e presidente da Femurn, Francisco José Júnior, o momento é de união entre os gestores potiguares. “Juntos podemos superar esse período de turbulência, ocasionado pela pior crise econômica do Brasil nos últimos tempos, e quem mais sofre com essa crise são os municípios, por isso devemos somar esforços e encontrar, em parceria, alternativas para enfrentarmos essas dificuldades”, conclui.

 

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