Dinheiro mais curto reduz a lista de compras e o movimento no comércio
No Natal do ano em que a economia brasileira atravessa sua pior crise em duas décadas, com recessão de mais de 3,5%, o varejo não tem motivos para comemorar. Nem mesmo os presentes de última hora parecem ter salvo a data, a mais importante do ano para o comércio, e as vendas podem cair mais do que em 2014. Nas ruas da Saara e da 25 de Março, regiões de comércio popular de Rio e São Paulo, as imagens eram bem diferentes de outros anos, sem a tradicional multidão nas ruas e com lojas vazias. Ontem, nas últimas horas de compras, os vendedores da Saara faziam de tudo para tentar atrair mais clientes e tentar salvar o Natal. Valia gritar, oferecer desconto e sair às ruas em busca do consumidor.
O cenário de vendas fracas não era muito diferente nos shoppings. Se a previsão da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop) se confirmar, as vendas reais (descontada a inflação pelo IPCA) nos 894 shoppings do país encolheram 3% neste Natal em relação a 2014. Às vésperas do Natal, o movimento foi intenso, mas não significou aumento expressivo das vendas.
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