Reeleição: 76% dos prefeitos tentam.

 

Estudo divulgado, ontem, pela Confederação Nacional dos Municípios, aponta que 76,4% dos atuais 5.568 prefeitos podem se reeleger nas eleições deste ano. A princípio, esta seria a última eleição dando direito ao prefeito de tentar novo mandato, mas o Senado rejeitou a proposta. O presidente da CNI, Paulo Ziulkoski, esclarece que estes dados fazem parte de um novo estudo para melhor conhecer o cenário de reeleições no Brasil produzido pela área de Estudos Especiais da entidade. Este é apenas o primeiro de uma série de estudos e pesquisas com a temática de eleições que serão publicados pela CNM neste ano eleitoral.

Nas primeiras eleições com reeleição, 58%, em média, dos que pleiteavam a continuidade no Governo obtiveram sucesso. Entretanto, na última eleição, em 2012, esta média caiu bastante. Isso provocou um aumento na quantidade de cidades que podem reeleger seus mandatários nas próximas eleições. “Para 2016, o maior número de prefeitos que podem tentar a reeleição está na região Nordeste”, adiantou.

O presidente da CNM explica que quando a análise é feita proporcionalmente ao número de municípios de cada região é possível perceber em qual delas há maior possibilidade de manutenção da atual gestão. Na região Centro-Oeste, 80% dos gestores podem tentar a reeleição. Enquanto no Sul do País, 72,8% terão essa possibilidade.

Analisando cada um dos Estados da federação, a maioria poderá manter, em média, 80% dos gestores locais após as eleições municipais. Ziulkoski cita como fato interessante o que ocorreu no Estado do Amapá que teve, em 2012, a troca completa dos governos locais e, por isso, pode reeleger 100% dos prefeitos. A pesquisa mostra que os Estados com maior potencial de mudança dos gestores municipais são o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Norte. Outro dado interessante destacado por Ziulkoski trata dos possíveis candidatos à reeleição em 2016: a grande maioria é formada por homens.

A região Nordeste é a que se destaca com 17% dos atuais gestores em primeiro mandato sendo mulheres. Na região Sul há a maior concentração de homens no controle do governo local com possibilidades de manutenção na prefeitura: 91% são do sexo masculino. Outra forte característica percebida no levantamento é a concentração da idade dos possíveis candidatos à reeleição: dois terços dos atuais prefeitos têm entre 41 a 60 anos de idade. “É importante ressaltar que 269 gestores dos 4.258 que podem tentar a reeleição não tinham data de nascimento disponível e, por isso, não se encaixam em nenhuma das faixas destacadas”, disse. Apenas 62 possíveis candidatos à Prefeitura em 2016 têm menos de 30 anos”, conclui o levantamento.

 

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