Por Carlos Brickmann

No encontro com jornalistas amigos, na quarta, Lula disse que o Governo petista “criou mecanismos para que nada fosse jogado em baixo do tapete”. Esta posição não coincide com a da Polícia Federal. No fim do ano, uma circular na Intranet da Federal informou que não havia verba nem para combustível. Houve cortes de luz, por atraso no pagamento. O repórter Cláudio Tognolli, sempre preciso (https://br.noticias.yahoo.com/blogs/claudio-tognolli/?nf=1), noticia há meses os problemas da PF com o Governo. Agora a coisa explodiu: na quinta, as quatro maiores associações da PF se reuniram (fato inédito) e decidiram agir. Luís Boudens, presidente eleito da Federação Nacional dos Policiais Federais, informa que “os delegados pensam em entregar seus cargos de confiança”.

Em quem acreditar: no ex-presidente Lula ou nos companheiros do Japonês?

Em São Paulo quem está na ofensiva é a Polícia Civil, com apoio do Ministério Público Estadual: três dos interrogados na Operação Alba Branca, que investiga a compra de alimentos para a merenda, acusaram o presidente da Assembleia, Fernando Capez, PSDB, e um ex-chefe de gabinete da Casa Civil de Alckmin, Luiz Roberto “Moita” dos Santos, de cobrar propinas de 25%. Ambos rejeitam a acusação. Mas a investigação continua. A propina, segundo os acusadores, era paga em dinheiro, em postos de combustível à beira das estradas.

Por falar em Governo paulista, tucanaram as bombas de gás lacrimogêneo e as balas de borracha. No boletim sobre a manifestação do Movimento Passe Livre, na quinta, a Secretaria de Segurança Pública de Geraldo Alckmin diz: “(…) os manifestantes tentaram mais uma vez furar o bloqueio (…). A PM então dispersou o ato. Foi necessário o uso de munição química e tiros de elastômero”.

 

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