Presidente da Câmara busca arrastar discussão sobre impeachment

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), manteve a estratégia de esticar o calvário do governo Dilma no Congresso. É nesse contexto que deve ser entendida a afirmação de Cunha de que só instalará a comissão especial que analisará o impeachment da presidente depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) apreciar um recurso da Câmara sobre o tema. Enquanto não votar o pedido de abertura de impeachment, esse assunto tende a atrasar a discussão de outros projetos importantes na Câmara. Assim, Cunha coloca lenha na fogueira da crise. Se a economia continuar piorando, o peemedebista acredita que a presidente poderá ser afastada do cargo.

O ministro do STF Marco Aurélio Mello criticou Cunha, dizendo que não cabem recursos enquanto não for publicada oficialmente a decisão do Supremo sobre o rito do impeachment, que foi tomada em dezembro. Mas o ministro Roberto Barroso decidiu que o STF deve ouvir as manifestações do PC do B, da Presidência da República e do Senado a respeito dos argumentos da Câmara no recurso apresentado por Cunha. Em resumo, o recurso vai ganhando o tempo que Cunha acha conveniente para complicar a vida de Dilma.

O governo também quer evitar que  Eduardo Cunha impeça o funcionamento das demais comissões da Câmara. (Blog do Kennedy)

 

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